O Rio São Francisco, o Velho Chico para sua gente e para quem o conheceu e, como eu, se apaixonou também à primeira vista, está na ordem do dia. A ironia do destino é que um bispo faz greve de fome para preservar o rio, outrora e sempre lembrado como fonte inesgotável de vida neste nordeste de sêde eterna- de águas e de verbas federais também. E assim como as águas, as verbas também evaporam.
O mérito da greve de fome de Dom Luis Capio é trazer à discussão o assunto, embora um pouco tardiamente, mas, certamente não por sua culpa. Da sua última greve de fome até agora, o que se levou ao conhecimento do público sobre essa obra monumental e seus custos, financeiros e ambientais? nada!
O governo Lula e seus asseclas fizeram terror sobre o fim do mundo se a CPMF não fosse aprovada.... a saúde quebraria, o país ficaria ingovernável(!), aumentariam impostos, fim do bolsa-família, etc....
Mas, falaram que, se a CPMF não fosse aprovada as obras do São Francisco seriam suspensas?
Claro que não. Não interessava chamar atenção sobre assunto tão sigiloso e sobre o qual a imprensa sulista parece não ter interesse.
E são 6 bilhões de reais de custo, só para começar, pois sabemos que orçamento de obra pública no Brasil é ficção. E obra tocada por gente do porte de Gedel e cia!
E o Bispo parece que vai desistir da greve de fome....
Mas, e quando o Velho Chico fizer a greve de sêde?!
Já mataram quase todos os seus afluentes, riachos que conhecemos na obra de poetas e na música de Luiz Gonzaga e na geografia da infância no velho livro do meu pai.
E o Velho Chico vai descendo... a saga do rio é descer. As Águas brincar de ir e vir, na alegria e alegoria das monções... Mas, e se o Velho ficar cansado? e se as águas....
Bem, não pensemos nisso agora! os fogos estão espocando e as obras já começam...
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