Quando atingiu o poder em 2002, Lula tinha diante de si um colossal desafio: recolocar o país na rota do crescimento, visto que o governo FH conseguiu a estabilidade da moeda e o controle da inflação, mas falhou nesse ponto. Entretanto, de saída, tinha de acomodar na nova estrutura toda a máquina petista ávida por cargos e boquinhas sedentas bem secas em tanto tempo de oposição e vacas-magras.
Claro, a experiência dentro de sindicados e organizações sociais e religiosas lhes deu expertise no ramo. Em escala inferior, sabiam como viver à sombra de verbas fáceis e controle escasso. Estava pois lançada a pedra-fundamental do Mensalão e outros escândalos.
É famosa a máxima atribuída a Jânio Quadros: Ou nos locupletamos todos ou restaure-se a moralidade!
E não seria agora que os companheiros mal acabaram de adentrar ao barco que se deveria restaurar a moralidade. E tome-se acordos com a base aliada de todo tipo de gente, desde a vanguarda do atraso do Maranhão, das Alagoas, ... etc, até à elite empresarial que se acostumou a um capitalismo sem risco. Essa turma que vive à sombra do poder e que perpetra uma triste exemplo de atraso econômico e cultural em suas adjacências.
E tráfico de influência, lobbies...
E para fingir que governa e se resolve problemas, cria-se ministérios para todo gosto. Existe um ministério da pesca e outro da isca. É uma boa forma de torrar o orçamento e atravancar as decisões, trazendo para a tona gente como Matilde Ribeiro, Orlando Silva e outros, uma boa forma de desmoralizar a administração pública.
A boa maré financeira global serviu de base para se surfar na onda do capital fácil. Agora, ainda que com uma boa reserva de confiança na equipe econômica mais tucana possível dentro do PT, parece que o ciclo está no fim.
E antes que o país perca de novo o trem da história, urge preparar na oposição alguém que saiba desatar o nó dessa equação. E assim, sepultar a herança maldita de Lulae começar a reformar a estrutura de um estado gigante e lento.
E também começar a pensar na reforma política... ops, aí já é outro história e falaremos adiante.
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