Morreu o ditador da Indonésia por 30 anos, Suharto. O seu túmulo precisaria de 200 mil cruzes para se ter idéia do que representou a vida deste homem de triste lembrança; uma vida a serviço da morte.
Um dia, em 1975, aproveitou a fuga dos portugueses ante a provável guerra civil de Timor Leste, invadiu o país e criou com a ajuda de títeres locais da UDT-União Democrática de Timor a província indonésia de Timor Serei. Era o começo do inferno para os timorenses. A repressão ao movimento independentista que se seguiu foi brutal, levando ao extermínio de 200 mil vidas.
Pior não poderia ser? Sim, com Suharto, tudo pode ser pior. A herança para o povo de Timor da triste passagem sob jugo indonésio foi: analfabetismo, atraso econômico e um triste índice de doenças como a tuberculose e outras. Timor vai demorar para superar isso.
E para o povo indonésio a derrubada de Sukarno pelo ditador Suharto significou corrupção e atraso, descambando hoje para movimentos separatistas e fanatismo religioso neste magnífico país de cultura muçulmana e geografia sui-generis, com suas 1000 ilhas.
Mas Suharto se foi sem ser punido e julgado como os carrascos nazistas e outros por tribunais internacionais, mas se a justiça terrestre falhou, certamente a outra lhe será cruel. E por toda a eternidade carregará o peso das 200 mil vidas ceifadas e por uma existência a serviço do mal.
Ou talvez esteja mais feliz agora que alcançou na vida eterna o inferno que semeou na Terra.
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